Minha Pitangueira
Post especial para o Blog Arvores Vivas:
Tudo começou na escola maternal: havia pitangueiras no parquinho! E as frutinhas vermelhinhas, azedinhas, de semente redondinha, eram decoraçao obrigatoria para meus confeitos de areia e otimas para uma fome repentina. Pitanga é o gosto da minha memoria mais antiga. Parafraseando o haicai de Guilherme de Almeida:
Infância
Um gosto de pitanga
comida com sol. A vida
chamava-se: "Agora"
Quando a Ju, das Arvores Vivas, apareceu com varias mudinhas num dos primeiros eventos da Expediçao Artemisia, eu tive certeza: quero uma pitangueira!
E assim eu ganhei minha pitangueira e com ela eu atravessei o burburinho da Vila Madalena num sabado à noite no caminho pra casa. Esse caminho tem uma historia interessante:
A muda de pitangueira ficou pouco tempo no apê de Sao Paulo e no final de semana seguinte eu a levei, de ônibus, para a casa dos meus pais no interior. La no quintal ela teria bastante espaço e varias outras amigas plantas!
E a pitangueira adorou!
Gostou tanto que nesse fim de primavera, resolveu dar frutos: pitangas vermelhinhas, azedinhas, de semente redondinha... hmmm
<< Foto tirada esse final de semana. A arvore ainda esta pequena, mas ja da seus frutos!
Pena que estou tao longe. Sera que em dezembro ainda vai ter pitangas pra mim?
Tudo começou na escola maternal: havia pitangueiras no parquinho! E as frutinhas vermelhinhas, azedinhas, de semente redondinha, eram decoraçao obrigatoria para meus confeitos de areia e otimas para uma fome repentina. Pitanga é o gosto da minha memoria mais antiga. Parafraseando o haicai de Guilherme de Almeida:
Infância
Um gosto de pitanga
comida com sol. A vida
chamava-se: "Agora"
Quando a Ju, das Arvores Vivas, apareceu com varias mudinhas num dos primeiros eventos da Expediçao Artemisia, eu tive certeza: quero uma pitangueira!
E assim eu ganhei minha pitangueira e com ela eu atravessei o burburinho da Vila Madalena num sabado à noite no caminho pra casa. Esse caminho tem uma historia interessante:
Estavamos a pitangueira e eu andando tranquilamente quando um carro estacionado na farmacia da esquina da Henrique Shaummann com a Teodoro Sampaio resolve dar ré sem olhar para tras! Ganhei uma esfolada no joelho, mas a pitangueira ficou bem nos meus braços. Além de mim e da arvore, como vitimas do quase atropelamento um homem que xinga (com toda razao) o motorista e puxa assunto comigo: "Você gosta de plantas?" Eu sorrio olhando para a pitangueira: "Sim, sim". Ele me conta que é escritor e que estava na roda de escritores da Benedito Calixto. "Talvez você conheça o meu livro, ou melhor, o filme que foi baseado nele 'Bicho de Sete Cabeças'". "Ah, claro que conheço!! Que honra conhecê-lo e quase ser atropelada contigo - e com a pitangueira!" Poucos meses depois soube que ele, Austregésilo Carrano Bueno, morria de câncer.
A muda de pitangueira ficou pouco tempo no apê de Sao Paulo e no final de semana seguinte eu a levei, de ônibus, para a casa dos meus pais no interior. La no quintal ela teria bastante espaço e varias outras amigas plantas!
E a pitangueira adorou!
Gostou tanto que nesse fim de primavera, resolveu dar frutos: pitangas vermelhinhas, azedinhas, de semente redondinha... hmmm
<< Foto tirada esse final de semana. A arvore ainda esta pequena, mas ja da seus frutos!
Pena que estou tao longe. Sera que em dezembro ainda vai ter pitangas pra mim?